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Pesquisadores de diferentes instituições da Europa mapearam 22 vírus capazes de persistir no sêmen após a infecção aguda, podendo contribuir para a transmissão da doença ou mesmo para o surgimento de um surto, já que alguns deles têm potencial pandêmico
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“Há casos em que, após uma virose, como a zika, constatou-se que a forma de transmissão foi via sexual”, relata a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Einstein Hospital Israelita
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Para o estudo, os autores revisaram outros 373 trabalhos científicos. Eles avaliaram tanto a presença do vírus no fluido masculino quanto a quantidade de dias em que os patógenos se mantiveram viáveis após o início da doença
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Dos 22 vírus mapeados, apenas 9 já tinham alguma evidência de transmissão sexual, como ebola, hepatite E, mpox, dengue, zika e marburg vírus. Outros agentes, como Sars-Cov-2, febre-amarela, adenovírus e chikungunya, ainda não foram associados a essa via de transmissão
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O ebola foi o vírus com maior duração no sêmen, detectado 988 dias após a alta hospitalar do paciente. Os demais permaneceram bem menos tempo: o da dengue ficou cerca de um mês; o chikungunya, dois meses; e o da Covid-19, quase três meses
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Já o vírus com menor permanência após o início da infecção, apenas oito dias, foi o causador da doença da floresta de Kyasanur, infecção endêmica no sudeste da Índia que pode levar a hemorragias
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Saber quais microrganismos podem resistir no sêmen permite que médicos e autoridades de saúde pública possam implementar estratégias e diretrizes para barrar uma possível transmissão, incluindo educação e recomendação do uso de preservativos
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No entanto, os autores reconhecem que o estudo tem limitações, como a heterogeneidade de tipos de pesquisas avaliadas e a grande variabilidade de resultados
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