COMBATE À COVID

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Pesquisas apontam fatores genéticos que protegem pessoas contra o coronavírus

Duas pesquisas recém-publicadas por cientistas brasileiros ajudam a entender fatores genéticos que protegem algumas pessoas da infecção ou até mesmo de desenvolver a forma grave da Covid-19

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Um dos estudos foi realizado com um grupo de idosos acima de 90 anos resistentes ao vírus SARS-CoV-2, causador da doença, e o outro descreve o caso de gêmeos idênticos com desfecho diferente para a chamada Covid longa

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Se realmente comprovarmos que alguns genes promovem resistência ao SARS-CoV-2, isso também pode ser verdade para outros tipos de vírus. A partir disso, novos trabalhos podem buscar entender os mecanismos por trás dessa resistência e desenvolver medicamentos para aumentar a proteção das pessoas contra infecções virais”

Mayana Zatz, professora do Instituto de Biociências da USP

Em uma das pesquisas, os cientistas buscavam possíveis genes de resistência ao SARS-CoV-2 e queriam entender mecanismos envolvidos nos extremos

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Os pesquisadores analisaram a região do cromossomo 6, conhecida como Complexo Principal de Histocompatibilidade (MHC, na sigla em inglês). Essa área tem dezenas de genes que controlam o sistema imunológico de diferentes formas

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Houve ainda o sequenciamento do exoma (fração do genoma que codifica os genes). Já a infecção por SARS-CoV-2 foi confirmada pelo teste de diagnóstico molecular, tendo sido as amostras coletadas no início de 2020

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Segundo o estudo, essas mutações (variantes do tipo missense, que trocam aminoácido na proteína) do MUC22 podem estar reduzindo as respostas imunes hiperativas contra o SARS-CoV-2

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Com isso, desempenhando um importante papel protetor das vias respiratórias contra o vírus, ou seja, uma hipótese é que indivíduos com melhor controle da produção da mucina talvez sejam mais resistentes

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Além disso, um ponto encontrado a ser investigado é a ligação das variantes de MUC22 com o aumento de expressão do microRNA miR-6891. Em bancos de dados genéticos já foi mostrado que esse microRNA se associa ao genoma do vírus e consegue quebrá-lo

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Por isso, a produção maior dessas moléculas de alguma forma poderia diminuir a reprodução do vírus dentro da célula, o que estaria relacionado à Covid leve

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