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Profissionais de saúde que trabalham à noite têm risco aumentado para obesidade

O trabalho noturno é essencial para a manutenção dos cuidados em serviços de saúde. No entanto, o turno da noite ou escala rotativa (12×36) pode trazer impactos para a vida dos profissionais, especialmente de enfermeiras e enfermeiros

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Uma nova pesquisa da USP aponta que jornadas de trabalho irregulares e prolongadas são fatores de risco para aumento da obesidade e do sobrepeso

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O estudo também apontou os elementos envolvidos nessa condição: a privação do sono, o sedentarismo e a má alimentação

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A privação ou a falta de rotina do sono ao qual esses profissionais são submetidos pode levá-los a ter uma disfunção do ciclo circadiano, que é a desregulação do ritmo com que o organismo realiza suas funções ao longo do dia"

Maria Gabriela Tavares Amaro, autora da pesquisa de  iniciação científica

"Ao amanhecer, a claridade estimula a liberação do cortisol, hormônio que nos deixa despertos; ao anoitecer, o escuro induz a produção da melatonina, que nos leva ao sono e ao relaxamento”, completa

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O médico endocrinologista Carlos Antonio Negrato, orientador da pesquisa e professor do curso de medicina, explica que a obesidade conta com aspectos genéticos, metabólicos, sociais, psicológicos e ambientais

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De acordo com dados da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), no Brasil, a ocorrência da obesidade aumentou cerca de 72% nos últimos treze anos, saindo de 11,8%, em 2006, para 20%, em 2019

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Os pesquisadores conduziram uma ampla revisão de literatura de artigos científicos sobre o tema. Os resultados encontrados foram relatados em artigo publicado no periódico The Journal of Biological and Medical Rhythm Research

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Segundo o estudo, os mecanismos que ligam o trabalho por turnos à obesidade ainda não são totalmente compreendidos

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No entanto, as alterações comportamentais causadas por esse tipo de trabalho – como privação do sono, sedentarismo, exposição à luz artificial, horários irregulares das refeições, dessincronização do ciclo circadiano e outros hábitos não saudáveis – estão associadas ao desequilíbrio metabólico, levando ao ganho de peso e obesidade

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A desregulação de hormônios que atuam no controle do apetite é uma das hipóteses para o aumento do risco de sobrepeso

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Os pesquisadores explicam que indivíduos expostos a longos períodos de vigília ou submetidos a trabalhos com horários em turnos alternados podem apresentar alterações no funcionamento de um eixo chamado hipotálamo-hipófisário

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“Ainda nessa condição de privação de sono, também há a desregulação no funcionamento de hormônios ligados à fome e à saciedade, chamados leptina e grelina, que atuam de forma antagônica no controle do apetite. A grelina estimula a fome e a leptina, a saciedade”, completa Maria Gabriela

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