Psicólogos do RS oferecem atendimento voluntário para afetados pelas enchentes

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As enchentes causadas pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul não trazem apenas impactos materiais. Os danos psicológicos serão sentidos a curto, médio e longo prazo, conforme explicam especialistas ouvidos pela CNN

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“Dentre as reações emocionais e comportamentais esperadas dessas vítimas, temos a própria tristeza, a angústia, a raiva, o choro, a preocupação com o futuro, a falta de apetite ou o excesso dele, e a insônia”

Miriam Alves, presidente  Conselho Regional de Psicologia  do Rio Grande do Sul

A maioria dos familiares atendidos é população ribeirinha que perdeu todos seus pertences com a enxurrada e as enchentes. Diante desse cenário, o atendimento psicológico é voltado ao apoio prático

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Os psicólogos afirmam: "estamos fazendo a mediação da angústia dos pacientes e estamos seguindo o protocolo do Conselho Regional de Psicologia, que é oferecer escuta e não remexer no que aconteceu, apenas acolher, sem dar falsas esperanças”

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Em seguida, é feita uma orientação do que o governo está oferecendo de recurso para as famílias atingidas, além de mapear os documentos perdidos pelas vítimas durante as enchentes

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É feito, ainda, o restabelecimento de uma rede de apoio com familiares e conhecidos que não foram afetados diretamente pela tragédia

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A psicóloga Helen Barbosa dos Santos, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul da Pós-Graduação em Psicologia, também se voluntariou para atuar no atendimento das vítimas alocadas em um abrigo

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Em seu relato à CNN, a psicóloga conta que está surgindo uma demanda para atender os próprios profissionais voluntários. “Quem está trabalhando na linha de frente acaba sendo vítima secundária da tragédia”, afirma a voluntária

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“O psicólogo está começando a acolher os profissionais que estão em estafa, que estão cansados e que estão, até mesmo, brigando entre si. Então, é preciso trabalhar em todas essas frentes”, relata

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“O psicólogo está começando a acolher os profissionais que estão em estafa, que estão cansados e que estão, até mesmo, brigando entre si. Então, é preciso trabalhar em todas essas frentes”, relata

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É fundamental para a saúde mental não somente a escuta. É importante, também, trabalhar os fluxos de atenção, trabalhar as relações entre os profissionais voluntários e capacitá-los para fazer a primeira escuta da vítima, para saberem o que dizer e o que não dizer para as vítimas traumatizadas”

Helen Barbosa dos Santos

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