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A promessa de um comprimido capaz de aumentar foco, concentração e memória parece sedutora em uma sociedade cada vez mais competitiva. Não por acaso, as chamadas smart drugs têm se popularizado — e despertado preocupação na comunidade científica
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São medicamentos já conhecidos para o tratamento de distúrbios como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e narcolepsia, mas usados sem indicação médica por quem acredita precisar de um estímulo extra no dia a dia
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Entre esses fármacos estão o metilfenidato, vendido como Ritalina e Concerta; lisdexanfetamina, conhecida como Venvanse; ou a modafinila, comercializada como Provigil
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Também entram nesse universo antidepressivos e ansiolíticos, nootrópicos clássicos — usados para distúrbios cognitivos ligados ao envelhecimento, demências e sequelas de AVC — e suplementos conhecidos como nutracêuticos, como cafeína, ginseng e creatina
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“Do ponto de vista clínico, esses medicamentos podem até trazer alguns efeitos positivos, mas é importante colocar isso em perspectiva”, afirma o psiquiatra Luiz Zoldan, gerente médico do Espaço Einstein de Saúde Mental e Bem-estar, do Einstein Hospital Israelita
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Na prática, o uso de smart drugs em pessoas saudáveis revela um descompasso: enquanto muitos relatam se sentir mais focados e produtivos, os resultados objetivos mostram ganhos pequenos ou inexistentes
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O uso sem indicação médica também traz efeitos colaterais. De acordo com o psiquiatra do Einstein, no curto prazo são comuns insônia, ansiedade, agitação, palpitações, aumento da pressão arterial e até arritmias em casos mais graves
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Pode haver ainda perda de apetite — preocupante em adolescentes e jovens —, alterações de humor e, em situações extremas, episódios de paranoia ou sintomas psicóticos transitórios
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“No fim, o que preocupa é que, em vez de realmente melhorar o desempenho, esse uso pode criar um ciclo de falsa produtividade: a pessoa acredita que está funcionando melhor, mas acaba sacrificando saúde mental, sono e equilíbrio do corpo”, conclui Zoldan
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