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O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é um transtorno psiquiátrico cujos sintomas costumam ser confundidos com manias cotidianas, mas que podem trazer intenso sofrimento e prejudicar a qualidade de vida dos pacientes
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Para falar sobre o assunto no CNN Sinais Vitais, Dr. Roberto Kalil recebeu Euripedes Constantino Miguel, professor titular de Psiquiatria da USP, e a psicóloga Priscila Chacon
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Segundo os especialistas, embora o TOC afete entre 2% e 3% da população, a prevalência de sintomas obsessivos-compulsivos é muito maior. "Pelo menos 20% da população tem sintomas obsessivos-compulsivos", afirma Constantino
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Por exemplo, deixar sempre os chinelos alinhados ou não conseguir dormir com a porta do armário aberta podem parecer manias, mas são exemplos de sintomas obsessivos-compulsivos
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"Se a gente perguntar, todo mundo vai ter, difícil achar alguém que não tenha nenhum sintoma", afirma Chacon. Por isso, é importante saber diferenciar o que é um simples sintoma e o que é o TOC como um transtorno
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Nesse caso, a frequência, o tempo que esse sintoma ocupa no dia a dia e o prejuízo, dor e sofrimento que ele causa é o que diferencia uma mania do TOC
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"[O TOC está] ligado a um conceito arbitrário em termos de tomar tempo na sua vida e trazer disfuncionalidade, atrapalhar seu rendimento, sua produtividade", explica Constantino
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O transtorno é uma doença que causa muito sofrimento, e as pessoas frequentemente demoram a procurar ajuda
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"[Existem pacientes que] estão com a vida toda tomada, eles não conseguem mais ter prazer em nada, a vida toda está envolvida em aliviar o desconforto dos sintomas obsessivos", afirma o especialista
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O TOC costuma ser mais frequente em mulheres e tem início entre os 19 e 20 anos. Entre os fatores de risco, segundo os especialistas, está a história familiar, com 40% da variação da expressão do transtorno ligada à hereditariedade
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No entanto, Chacon esclarece: "Não existe relação causal. Então, se a minha mãe tem TOC, não quer dizer que eu tenha TOC. Isso quer dizer que eu tenho um risco aumentado"
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Fatores ambientais são igualmente importantes. "Muitos deles são comuns a vários outros transtornos psiquiátricos", afirma
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Isso inclui mudanças frequentes, perdas significativas e viver em um ambiente com briga, violência, má condição socioeconômica ou um estilo parental muito rígido, segundo a especialista
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