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A Anvisa aprovou o uso do donanemabe, um medicamento inovador para o tratamento da doença de Alzheimer em estágios iniciais. Considerado um avanço, trata-se de uma terapia imunológica que tem o objetivo de reduzir os depósitos de proteína no cérebro associadas à condição
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O Alzheimer se manifesta por uma progressiva deterioração da memória, da linguagem, do comportamento e da capacidade de realizar tarefas do diárias. A condição está associada ao acúmulo anormal de duas proteínas no cérebro: tau e beta-amiloide, que provocam a morte dos neurônios
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O anticorpo monoclonal recém-aprovado pela Anvisa atua diretamente na remoção das placas de beta-amiloide no cérebro. Estudos demonstraram que, com 76 semanas de uso, ele pode reduzir em até 35% a progressão do Alzheimer em pacientes nos estágios iniciais da doença
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Apesar dos resultados promissores, o donanemabe pode ter seu uso limitado por trazer poucos benefícios para indivíduos com quadros moderados ou graves. Estudos mostram que a remoção das placas amiloides não é suficiente para reverter os quadros de demência já estabelecidos
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Além disso, embora sejam raros, o medicamento apresenta alguns riscos, em especial o aumento de taxas de ARIA (Anormalidades de Imagem Relacionadas à Amiloide), efeito colateral associado a pequenas hemorragias e áreas de inchaço no cérebro e até a morte
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Nos ensaios com o medicamento, 1,6% dos participantes que receberam donanemabe apresentou eventos graves de ARIA, com três óbitos
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Outro ponto é que o alto custo do medicamento pode limitar o acesso à droga e dificultar sua viabilidade em larga escala. O donanemabe ainda não foi precificado no Brasil, por isso não está disponível nem na rede privada, nem pelo Sistema Único de Saúde (SUS)
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Na avaliação da neurologista Polyana Piza, o donanemabe representa uma inovação importante no tratamento da doença de Alzheimer, oferecendo uma nova opção terapêutica, apesar da melhora clínica ainda ser modesta
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