Bebês foca compartilham habilidade vocal rara com humanos, diz estudo
Imagem ilustrativa / John O' Connor / Reprodução / CNN
Um estudo publicado na revista científica britânica Philosophical Transactions of the Royal Society descobriu que filhotes de foca podem mudar o tom de voz para ser melhor compreendidos, assim como os humanos fazem
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Dentre as razões que levaram os pesquisadores a querer testar as cordas vocais desses animais estão a rara habilidade que eles têm de imitar novos sons e a sua proximidade dos humanos em termos de desenvolvimento evolutivo
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Olhando para um dos poucos outros [animais] capazes de aprender sons, podemos entender melhor como nós, humanos, adquirimos a fala
Andrea Ravignani, pesquisadora sênior do estudo
Depois de gravar ruídos ambientes no Mar de Wadden, entre Dinamarca, Alemanha e Holanda, os pesquisadores usaram um software para colocar o áudio a uma frequência que se sobreporia à faixa de comunicação entre focas mães e seus bebês
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Para avaliar o desenvolvimento vocal desses mamíferos, o foco do estudo foram oito focas selvagens, saudáveis e sem parentesco entre si, com uma a três semanas de vida, no Centro de Pesquisa e Reabilitação de Focas na Holanda
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Expondo os animais aos ruídos gravados, e variando a intensidade desses ruídos, os autores observaram nos filhotes o chamado efeito Lombard, um comportamento típico da fala humana, quando as pessoas falam mais alto para ser melhor compreendidas
Max Anderson / Unsplash
Os filhotes de focas têm um controle mais avançado sobre suas vocalizações do que se supunha até agora [...] Isso é surpreendente, pois poucos outros mamíferos são capazes disso
Andrea Ravignani, pesquisadora sênior do estudo
Anteriormente, pensava-se que os humanos eram os únicos mamíferos com conexões neurais diretas entre o córtex – a camada externa do cérebro – e a laringe, que usamos para produzir o tom vocal, acrescentou
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Esses resultados mostram que as focas podem ser as espécies mais promissoras para encontrar essas conexões diretas e desvendar o mistério da fala
Andrea Ravignani, pesquisadora sênior do estudo
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