Cientistas descobrem origem dos espinhos das rosas e resolvem mistério botânico

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Além de ser um símbolo de amor e romance, as rosas também são conhecidas por serem afiadas — espinhos se projetam dos caules para afastar os animais que tentam mastigar os botões

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Diversas plantas apresentam pontas afiadas. Mas por que todas essas espécies, muitas das quais evoluíram separadamente ao longo de milhões de anos, tem a mesma característica espinhosa?

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Uma equipe de pesquisadores internacionais descobriu que a resposta está em seu DNA, traçando a origem até uma antiga família de genes responsável pelos espinhos em todas essas variações, de acordo com um novo estudo

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As rosas não têm espinhos, que na verdade são as pontas afiadas, duras e secas de certos arbustos, árvores e, claro, dos cactos. As flores, em vez disso, têm acúleos, que se formam a partir da epiderme da planta, em um processo semelhante ao crescimento do cabelo

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Os acúleos existem há pelo menos 400 milhões de anos, aparecendo pela primeira vez nos caules das samambaias e seus parentes. Desde então, a característica apareceu — e desapareceu — em diferentes pontos do tempo evolutivo

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Não se sabia exatamente o que fazia com que samambaias e outras plantas não relacionadas desenvolvessem acúleos. Agora, os autores do estudo descobriram que uma antiga família de genes conhecida como Lonely Guy ou LOG, serviu como um guardião para a característica

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Nosso estudo é, creio eu, provavelmente o primeiro a realmente demonstrar o poder dessas ferramentas [sequenciamento genético e genômico] para abranger uma distância evolutiva tão ampla e fazer essa pergunta muito clássica sobre a evolução convergente em plantas ou animais

Zachary Lippman, biólogo vegetal, professor de genética no Cold Spring Harbor Laboratory em Long Island, Nova York

A descoberta acrescenta uma ferramenta valiosa para pesquisadores que buscam entender a extensão da proteção que os acúleos oferecem contra animais herbívoros

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“Ao eliminar os acúleos com mutações genéticas direcionadas, podemos entender mais completamente o papel ecológico das defesas físicas das plantas”, disse Tyler Coverdale, professor assistente de ciências biológicas na Universidade de Notre Dame

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