RUSLANAS BARANAUSKAS/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images
Um estudo solucionou o mistério do motivo que fez a bactéria Yersinia pestis, causadora da peste-negra, sobreviver tantos séculos até a atualidade. A resposta está em uma pequena alteração genética que fez o microorganismo ser menos fatal e mais transmissível
CDC/ Courtesy of Larry Stauffer, Oregon State Public Health Laboratory
A ciência já sabia que algumas cepas de Y. pestis eram menos agressivas, mas o novo estudo, publicado na revista Nature, trouxe a explicação para essa variação
CDC/S. Tzortzis
Nossas descobertas neste estudo caracterizam um caso em que um patógeno causador de pandemia evoluiu independentemente para causar o que acreditamos ser uma forma ligeiramente mais branda da doença
Ravneet Sidhu, paleogeneticista da Universidade McMaster em Hamilton
Para chegar a esse resultado, os pesquisadores infectaram camundongos com níveis diferentes de Pla, um gene associado à agressividade da bactéria. Os animais que receberam a cepa com Pla reduzido viveram dois dias a mais do que os que receberam a cepa normal
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Os dados também mostraram uma queda da mortalidade de 15 pontos percentuais: 100% para a cepa normal e 85% com Pla reduzido
Rocky Mountain Laboratories,/NIAID,/NIH
As duas cepas, no entanto, foram igualmente fatais quando infectadas por via intravenosa ou nasal, simulando infecções sanguíneas e pulmonares
Freepick
O estudo explica ainda que é vantajoso para a bactéria que ela seja menos letal, já que assim ela pode viver mais tempo dentro do hospedeiro e ser transmitida mais vezes
António Plácido da Costa/FMUP/Wikimedia Commons