Cortesia da Presidência da Colômbia/Divulgação via REUTERS
A vegetação natural frequentemente carece de muitas espécies que poderiam estar presentes, mas não estão. Isso ocorre, principalmente, em regiões muito afetadas pela atividade humana
REUTERS/Bruno Kelly
Uma pesquisa publicada na revista Nature fez um levantamento exaustivo dessa situação em 119 regiões ao redor do mundo. O artigo dá conta daquilo que os especialistas chamam, em inglês, de dark diversity, que, em português, poderia ser denominado “diversidade faltante”
Divulgação/SOS Mata Atlântica
Em cada lugar, pesquisadores locais registraram todas as espécies de plantas e identificaram a diversidade faltante, isto é, as espécies nativas que poderiam viver ali, mas estavam ausentes. Isso nos permitiu compreender o potencial da diversidade vegetal no lugar e também medir o impacto das atividades humanas sobre a vegetação natural
Alessandra Fidelis, professora do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista
Segundo o estudo, em regiões com pouco impacto humano, os ecossistemas normalmente apresentam mais de um terço das espécies potencialmente adequadas. A ausência dos outros dois terços deve-se a fatores naturais, como a dispersão limitada
Alex Ribeiro/Agência Pará
Porém, em regiões fortemente impactadas por atividades antrópicas, os ecossistemas contêm apenas uma em cada cinco espécies adequadas
Ueslei Marcelino/Reuters
Sabemos que o impacto humano tem trazido diversas consequências para os ecossistemas, afetando a biodiversidade. Porém, este estudo vai além: mostra como estamos perdendo não somente as espécies que estavam ali antes, mas também as que potencialmente poderiam estar na área, podendo, dessa forma, afetar a regeneração natural
Mariana Dairel, doutora e pesquisadora