Uso de tecnologia pode ser associado a menor risco de demência, diz estudo

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Com a primeira geração de pessoas amplamente expostas à tecnologia agora se aproximando da terceira idade, como o uso desses recursos afetou o risco de declínio cognitivo? Essa é a pergunta que pesquisadores de universidades do Texas buscaram responder em uma nova meta-análise

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A investigação examina a chamada “hipótese da demência digital”, que sugere que o uso constante de tecnologia ao longo da vida pode aumentar a dependência desses dispositivos e, com o tempo, enfraquecer as habilidades cognitivas

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“Costumamos dizer que um cérebro muito ativo na juventude e na meia-idade é um cérebro mais resiliente na velhice”, afirmou o Dr. Amit Sachdev, diretor-médico do departamento de neurologia e oftalmologia da Universidade Estadual de Michigan, que não participou do estudo

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Os autores descobriram que a hipótese da demência digital pode não se confirmar: a análise de 57 estudos, envolvendo um total de 411.430 idosos, revelou que o uso de tecnologia estava associado a uma redução de 42% no risco de comprometimento cognitivo

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As formas de tecnologia analisadas incluíam computadores, smartphones, internet, e-mail, redes sociais ou “usos mistos/múltiplos”, segundo o novo estudo

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O fato de esses efeitos terem sido observados mesmo quando fatores como escolaridade, renda e outros aspectos do estilo de vida foram ajustados também é encorajador: o efeito não parece ser apenas consequência de outros fatores relacionados à saúde cerebral

Dr. Jared Benge, coautor do estudo e professor associado do departamento de neurologia da Dell Medical School, da Universidade do Texas

Mas se você está pensando que os resultados do estudo significam que pode usar tecnologia à vontade, sem preocupação com a saúde do cérebro, calma lá.“ Nossas descobertas não são uma aprovação irrestrita do rolar de tela sem pensar”, afirmou Benge

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Uma das limitações do estudo é a falta de detalhes sobre como as pessoas estavam usando os dispositivos. Isso dificulta saber se os participantes estavam utilizando-os de maneira a realmente estimular o cérebro — ou quais tipos de uso estavam mais associados à proteção cognitiva

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A ausência de informações sobre a quantidade de tempo gasto com tecnologia também impede entender se existe um limite em que o uso passa a ser prejudicial — ou se apenas um pouco já seria suficiente para trazer benefícios cognitivos

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O estudo pode dar suporte a uma alternativa à hipótese da demência digital: a teoria da reserva cognitiva. De acordo com a pesquisa, essa teoria “sugere que a exposição a atividades mentais complexas leva a um melhor bem-estar cognitivo na velhice”

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É possível que a tecnologia ajude a reduzir o risco de declínio cognitivo ao nos manter neurologicamente ativos. O uso da tecnologia também pode promover conexões sociais em certas situações — e o isolamento social, por sua vez, está associado a um risco maior de desenvolver demência

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