DejaVu Designs/Freepik
Um estudo com macacos-prego (Sapajus libidinosus) no Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, publicado na revista PNAS, aponta que a tolerância é extremamente importante para o aprendizado social, aquele adquirido observando outros membros do mesmo grupo
Tfalotico/Wikimedia Commons
Os pesquisadores da USP, apoiados pela Fapesp, e da Universidade de Durham, no Reino Unido, observaram que parceiros de atividades coletivas, como catação de parasitas e brincadeiras, têm mais chances de adquirir novos aprendizados com seus companheiros
Tiago Falótico/Wikimedia Commons
Nossas observações alimentaram um modelo matemático que mostrou que os macacos aprendem com os outros principalmente por observação direta, olhando de perto outro indivíduo fazer a tarefa. Além disso, a tolerância social, principalmente entre parceiros de atividades coletivas, se mostrou uma boa forma de prever que indivíduos aprenderiam com quais
Camila Galheigo Coelho, uma das autoras principais do estudo
Além da influência da tolerância social, jovens que ainda não haviam aprendido a tarefa eram mais propensos a observar e aprender com machos adultos bem-sucedidos do grupo
Italo Crespi/Pexels
O trabalho integra o projeto “Efeitos da dinâmica social na difusão de novos comportamentos em grupos de macacos-prego (Sapajus libidinosus) que habitam a caatinga do Parque Nacional Serra da Capivara”
Tiago Falótico/Wikimedia Commons
A descoberta do uso de ferramentas e aprendizado social entre macacos-prego foi um acaso para nós, que se desenrolou na descoberta de uma série de processos culturais não-humanos. Quanto mais se estuda, percebe-se que a evolução cultural é parte de algo maior no contexto da própria evolução biológica
Eduardo Ottoni, professor do IP-USP que orientou o estudo