NASA/JPL-Caltech/R. Hurt (SSC-Caltech)
Como parte natural da evolução geológica dos corpos celestes, todos eles encolhem. Isso ocorre principalmente devido ao resfriamento gradual de seus núcleos, e pode levar, dependendo de suas características, até bilhões de anos
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Esse processo é universal para todos os corpos celestes que têm uma estrutura sólida ou semissólida e que possuem calor interno suficiente para gerar mudanças significativas em sua estrutura ao longo do tempo
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Ao “nascer”, planetas e luas são extremamente quentes devido ao calor da acreção (formação) e do decaimento dos seus elementos radioativos. Mas, com o tempo, esse calor interno vai sendo perdido para o espaço e, quando os materiais esfriam, sua tendência é contrair
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Logicamente, a natureza dos materiais constituintes do corpo celeste influencia esse processo. E é por isso que planetas com grandes núcleos metálicos, como Mercúrio, são mais suscetíveis a esse encolhimento, pois, quando resfria, o metal contrai mais do que as rochas
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Há outros exemplos de reduções volumétricas no Sistema Solar, como a nossa Lua, além de satélites de planetas gasosos, e até mesmo estrelas mortas, como algumas anãs brancas, se encolhem à medida que resfriam
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Mas e a Terra? A resposta é sim: nosso planeta está esfriando e, embora menor do que o de Mercúrio, tem também um núcleo sólido com 85% de ferro. Contudo, algumas características tornam seu resfriamento e, consequentemente, seu encolhimento, um pouco mais lentos
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Ao contrário de Mercúrio, que possui uma atmosfera extremamente fina, e da Lua, que praticamente não tem atmosfera, a Terra tem uma camada gasosa mais espessa. Ela ajuda a reter material que cai do espaço e a conter a fuga de gases leves, como hidrogênio e hélio
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Segundo o comunicador científico Chris Smith, “os físicos mostraram que a Terra está perdendo cerca de 3 kg de gás hidrogênio a cada segundo. São cerca de 95 mil toneladas de hidrogênio que o planeta está perdendo a cada ano”, explica o microbiólogo
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Em sua análise sobre os fatores que realmente afetam a massa da Terra, Smith pondera que, se por um lado, o núcleo terrestre perde energia ao esfriar, por outro, acumula calor proveniente do efeito estufa e das mudanças climáticas
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Os resultados estimaram uma mudança média no raio da Terra equivalente a 0,1 milímetro por ano, algo como a espessura de um fio de cabelo humano, o que é considerado praticamente insignificante em termos práticos
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