NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington
A formação de Mercúrio ainda é um problema não resolvido. O planeta mais próximo do Sol possui um núcleo metálico desproporcionalmente grande – cerca de 70% de sua massa – e um manto rochoso relativamente pequeno
NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington
A explicação mais aceita era a de que Mercúrio teria perdido boa parte de sua crosta e manto após uma colisão catastrófica com um corpo celeste de grande porte. Mas simulações dinâmicas mostram que esse tipo de impacto, com corpos de massas muito diferentes, é extremamente raro
NASA/JPL/Caltech
Um novo estudo propõe uma explicação alternativa, com base em um tipo de evento bem mais comum no início do Sistema Solar: colisão rasante entre corpos de massas semelhantes
NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington
Por meio de simulação, mostramos que a formação de Mercúrio não exige colisões excepcionais. Um impacto rasante entre dois protoplanetas de massas semelhantes pode explicar sua composição. Este é um cenário muito mais plausível do ponto de vista estatístico e dinâmico
Patrick Franco, doutor pelo Observatório Nacional e pós-doutorando no Institut de Physique du Globe de Paris
Essa possível colisão teria ocorrido em uma fase relativamente tardia de formação do Sistema Solar, quando corpos rochosos, de tamanhos semelhantes, disputavam espaço nas regiões internas, mais próximas do Sol
NASA/Goddard/SDO
Eram objetos em evolução, dentro de um berçário de embriões planetários, interagindo gravitacionalmente, perturbando as órbitas uns dos outros, e inclusive colidindo, até que restassem apenas as configurações orbitais bem definidas e estáveis que conhecemos hoje
Patrick Franco, doutor pelo Observatório Nacional e pós-doutorando no Institut de Physique du Globe de Paris
A proposta ajuda a explicar por que Mercúrio apresenta baixa massa total, apesar de ter um núcleo metálico grande, e por que retém apenas uma fina camada de material rochoso
NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington
“Assumimos que Mercúrio possuiria, inicialmente, composição semelhante à dos outros planetas terrestres. A colisão teria arrancado até 60% de seu manto original, o que explicaria sua metalicidade exacerbada”, detalha o pesquisador
NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington