O que existe no lado oculto da Lua? Cientistas tentam descobrir

Nasa/NOAA

O lado oculto da Lua tem sido amplamente estudado nos últimos anos. Recentemente, a missão chinesa Chang’e-6 retornou ao nosso planeta com amostras lunares coletadas em uma bacia da região, que serão extensivamente analisadas

NASA/JPL

Existe apenas um lado visível da Lua para quem está na Terra; o outro lado é chamado de oculto porque fica sempre virado para longe do planeta. Mas não é apenas por isso que existe um tom de mistério sobre o tema

NASA/JSC

O local também apresenta uma superfície geológica diferente, com muitas crateras e um número reduzido de planícies basálticas (mares)

NASA/JPL

Além de ser uma região de difícil observação por natureza, ela também foi explorada pouquíssimas vezes pela humanidade. A primeira vez que a civilização pousou uma sonda não tripulada naquela área ocorreu em 2019, durante a missão Chang’e-4

CNSA/Wikimedia Commons

Mirian Castejon, astrônoma do Planetário do Ibirapuera, em São Paulo, explica que o lado oculto da Lua está sempre fora da observação da Terra porque o satélite natural leva o mesmo tempo para girar em torno do seu eixo e ao redor da Terra

NASA/NOAA

A primeira vez que o lado oculto da Lua foi devidamente observado ocorreu em meados de 1959, após a nave russa Luna 3 fotografar a região

REPRODUÇÃO/NASA/ UUSSR

Apesar de também ser popularmente conhecido como “lado escuro da Lua”, Castejon afirma que a expressão não está correta, pois o Sol ilumina toda a Lua

NASA Goddard

Os atuais dados sugerem que o lado mais distante apresenta uma crosta muito mais espessa, uma característica que pode ter impedido que a atividade vulcânica cobrisse as crateras com lava basáltica

NASA/LRC

Tanto a China como os Estados Unidos pretendem enviar missões tripuladas à Lua em um futuro próximo. A ideia é estudar o nosso satélite com o intuito de construir uma base fixa na Lua. Entender a geologia e os melhores lugares para a fixação de uma base é de fundamental interesse dessas agências [...]

Mirian Castejon, astrônoma do Planetário do Ibirapuera, em São Paulo