Urgência do clima: por que 1,5°C de aumento faz toda a diferença?

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A COP30 acontece no Brasil meses após o planeta ter atingido uma marca perigosa: pela primeira vez, em 2024, a média da temperatura do planeta ao longo do ano ultrapassou o limite de 1,5°C de aquecimento que os países concordaram em evitar no Acordo de Paris, assinado em 2015

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Os dados da agência Copernicus confirmaram que o ano passado foi o ano mais quente já registrado na história, quebrando o recorde anterior estabelecido em 2023

Pixabay

Este limite de 1,5°C foi estabelecido na COP20, 10 anos atrás, com base em estudos científicos que demonstraram que esse limite poderia evitar os impactos mais devastadores e extremos da mudança climática, mesmo que alguma adaptação ainda seja necessária

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Alexandre Prado, líder de mudanças climáticas do WWF-Brasil, usou uma analogia com o corpo humano para explicar como cada grau faz diferença: “Nossa temperatura corporal gira em torno de 36°C. Se a gente vai para 38°C, já começa a sentir febre”

Maskot/GettyImages

Ter atingido este limite em um único ano, no entanto, não é o suficiente para afirmar que já chegamos ao patamar de 1,5°C de aumento a longo prazo. Para consolidar essa certeza, ainda é preciso monitorar a temperatura durante algumas décadas

Werther Santana/Estadão Conteúdo

Mesmo assim, o ano passado já contou com eventos climáticos extremos que deram uma prévia do que pode se tornar rotina caso o aquecimento global ultrapasse esse limite a longo prazo

Dhárcules Pinheiro/Sejusp

A estrategista de Justiça Climática do Greenpeace Brasil, Pamela Gopi, listou alguns dos principais efeitos que o aumento de mais de 1,5°C na média da temperatura global poderia ter no mundo. Veja a seguir

 BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

-Aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como secas, enchentes, ondas de calor e frio extremo; -Acidificação dos oceanos, afetando a vida e os ecossistemas marinhos

Diego Vara/Reuters

– Derretimento de geleiras e aumento do nível do mar, ameaçando áreas costeiras e territórios insulares; – Perda de biodiversidade e extinção de espécies, especialmente em ecossistemas vulneráveis

Guillaume Falco/Pexels

-Impactos na agricultura e segurança alimentar, levando a crises de fome em várias regiões e aumento do valor dos alimentos; -Aumento da vulnerabilidade de comunidades periféricas, que são as mais impactadas pela crise climática, como as populações indígenas, ribeirinhas, caiçaras

Divulgação/Survival International

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