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Tudo isso começou quando o físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen divulgou, em 1895, a existência dos raios-X que, é importante lembrar, não têm nada a ver com radioatividade
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Sem saber que os raios-X eram produzidos apenas por um estímulo externo, o físico francês Henri Becquerel começou a pesquisar aquela luminescência (emissão de luz após absorver energia) em alguns materiais na natureza
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Para testar sua hipótese, Becquerel colocou sais de urânio em uma placa fotográfica envolta em papel preto, e os expôs à luz do Sol por várias horas. A placa escureceu
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O termo "radioatividade" foi cunhado no início do século 20 pela cientista Marie Curie, a partir de um equipamento desenvolvido por seu marido, e também cientista, Pierre Curie
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"A partir de um equipamento desenvolvido por Pierre, Marie pôde identificar o pitchblende [uranita], um mineral que continha urânio e outros metais mais radioativos que o próprio urânio purificado”, conta o pesquisador Fabio Luiz Navarro Marques, gestor do Centro de Medicina Nuclear da Faculdade de Medicina da USP
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Desse processo, explica o químico à CNN, Marie Curie descobriu duas substâncias muito mais ativas do que o urânio. Batizando-as de polônio e rádio, afirmou Marques
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O uso da radiação teve um impacto profundo e transformador da vida na Terra. Hoje, os radioisótopos são utilizados em uma grande variedade de processos, afirma Marques, sendo que o principal é a produção de energia elétrica nas usinas nucleares
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Além disso, o especialista afirma que as fontes radioativas são também utilizadas em outros setores, como mineralogia, agricultura, além do uso da chamada radiação ionizante de alimentos, para destruir microrganismos patogênicos e aumentar a vida útil de frutas e vegetais
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Sobre o risco de os diagnósticos por radiação ficarem ultrapassados, com o uso de novas tecnologias, como nanopartículas e IA, Marques é categórico: “de forma alguma, pois todos esses temas são transversais à radiação”
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